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Obesidade no mundo: uma análise comparativa entre países e regiões (PDF)



O Ministério da Saúde lançou agora em novembro um atlas sobre a situação alimentar e nutricional do brasileiro. O material, com ênfase no excesso de peso e obesidade da população adulta, foi criado para ser uma referência principalmente para profissionais da saúde que atuam no atendimento precoce de portadores de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Sistema Único de Saúde (SUS).Por ser um material bastante rico e com dados alarmantes sobre o aumento dos índices de obesidade no Brasil, nós do Brasil Low Carb disponibilizamos esse documento completo, na íntegra, em PDF, para download. Separamos alguns dados interessantes que estão no documento:


A obesidade infantil já é considerada uma epidemia mundial. No Brasil, a sua prevalência aumentou 50% nos últimos 10 anos, sendo que um quarto das crianças são obesas ou apresentam sobrepeso. O aumento global desse distúrbio metabólico em crianças e adolescentes apresenta várias repercussões, presentes e futuras, para a saúde. Duas das mais importantes são o aumento do risco de hipertensão arterial e diabetes tipo 2.




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A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que produz efeitos deletérios à saúde. Há um consenso na literatura de que sua etiologia é multifatorial, envolvendo aspectos biológicos, históricos, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais e culturais. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo abordar o caráter multifatorial da obesidade, envolvendo a ampla variedade de fatores ambientais e genéticos implicados na sua etiologia a partir de estudos secundários provenientes do trabalho de revisão da literatura nas principais bases de dados e bibliotecas especializadas. Atualmente, a obesidade tem sido considerada a mais importante desordem nutricional nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, devido ao aumento da sua incidência. A abordagem dos aspectos genéticos, metabólicos, psicossociais, simbólicos, culturais e de estilo de vida permitiu fundamentar a obesidade enquanto uma enfermidade plural e a necessidade de criar políticas públicas com ações multidisciplinares e intersetoriais, que valorizem a parceria entre governo e sociedade civil, na prevenção e combate à obesidade e promoção da saúde, possibilitando a participação da comunidade nesse processo, através da responsabilização e do autocuidado.


A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal1 em um nível que compromete a saúde dos indivíduos, acarretando prejuízos tais como alterações metabólicas, dificuldades respiratórias e do aparelho locomotor2,3. Além de se constituir enquanto fator de risco para enfermidades tais como dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes melito tipo II e alguns tipos de câncer2,4,5.


O diagnóstico da obesidade é realizado a partir do parâmetro estipulado pela Organização Mundial de Saúde1 - o body mass index (BMI) ou índice de massa corporal (IMC), obtido a partir da relação entre peso corpóreo (kg) e estatura (m)2 dos indivíduos. Através deste parâmetro, são considerados obesos os indivíduos cujo IMC encontra-se num valor igual ou superior a 30 kg/m2.


Na literatura, existe um consenso de que a etiologia da obesidade é bastante complexa, apresentando um caráter multifatorial1,6-9. Envolve, portanto, uma gama de fatores, incluindo os históricos, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais, biológicos e culturais8-10. Ainda assim, nota-se que, em geral, os fatores mais estudados da obesidade são os biológicos relacionados ao estilo de vida, especialmente no que diz respeito ao binômio dieta e atividade física. Tais investigações se concentram nas questões relacionadas ao maior aporte energético da dieta4,5,9,11 e na redução da prática da atividade física com a incorporação do sedentarismo, configurando o denominado estilo de vida ocidental contemporâneo4,9,11.


Nesse sentido, este artigo tem por objetivo abordar o caráter multifatorial da obesidade envolvendo a ampla variedade de fatores ambientais e genéticos implicados na sua etiologia a partir de estudos secundários provenientes do trabalho de revisão da literatura nas principais bases de dados e bibliotecas especializadas. Frente à amplitude do tema, nosso intuito é apontar de forma atualizada os principais fatores envolvidos na etiologia da obesidade por reconhecer a importância do estudo acerca da enfermidade dentro de uma perspectiva plural. A nosso ver, reduzir as investigações somente ao aspecto biológico ou social da doença limita o entendimento e o alcance explicativo dessa problemática.


Atualmente, a obesidade tem sido considerada a mais importante desordem nutricional nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, devido ao aumento da sua incidência1. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde1, esse agravo possivelmente atinge 10% da população destes países. Nos países da América, a obesidade vem aumentando, para ambos os gêneros, tanto em países desenvolvidos quanto nas sociedades em desenvolvimento. Na Europa, verificou-se num decênio um incremento entre 10% a 40% da obesidade na maioria dos países. Na região Oeste do Pacífico, compreendendo a Austrália, o Japão, Samoa e China, também nota-se a elevação da prevalência da obesidade. No entanto, a China e o Japão, apesar do aumento da obesidade em comparação com outros países desenvolvidos, apresentam as menores prevalências mundiais. Nos continentes africano e asiático, a obesidade é ainda relativamente incomum, sendo que sua prevalência é mais elevada na população urbana em relação à população rural. Mas nas regiões economicamente avançadas destes continentes, a prevalência pode ser tão alta quanto nos países desenvolvidos1.


No Brasil, a análise de quatro estudos de base populacional realizados no país - Estudo Nacional sobre Despesas Familiares (ENDEF), realizado entre 1974-1975; a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN), de 1989; a Pesquisa sobre Padrões de Vida (PPV), desenvolvida em 1996-19974; e a Pesquisa de Orçamentos Familiares12 (POF), de 2002-2003 - permitiu avaliar a magnitude dos agravos nutricionais mais relevantes, incluindo a emergência da obesidade e verificar seus principais determinantes, assim como traçar a tendência do comportamento desses agravos no país. De acordo com esses estudos, a prevalência da desnutrição em crianças e adultos teve um declínio acelerado nas últimas décadas, enquanto o sobrepeso e a obesidade aumentaram na população brasileira, principalmente entre os adultos.


Os resultados obtidos no ENDEF de 1974/75 permitiram verificar que a obesidade excedeu a desnutrição somente entre os adultos de alta renda, ao passo que na PNSN de 1989, constatou-se que a obesidade superou a desnutrição entre os homens de renda alta e média e entre as mulheres de todos os níveis de renda13.


Segundo Batista Filho e Rissin13, as diferenças geográficas no país expressam diferenciações sociais na distribuição da obesidade. Inicialmente, verificou-se maior prevalência de excesso de peso nas regiões mais desenvolvidas (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) do país e nos estratos de renda mais elevados, mas já observa-se tendência de aumento da obesidade nas regiões Norte e Nordeste e nos estratos de renda mais baixos. Assim, a comparação dos resultados dos estudos referidos acima nas regiões Norte e Nordeste com os das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste permitiu assinalar a maior prevalência da obesidade nas últimas regiões citadas. Além disso, os estudos indicaram que a ocorrência desse agravo praticamente triplicou entre homens e mulheres maiores de vinte anos na região Nordeste e somente entre os homens do Sudeste13.


Dados recentes da POF 2002/0312 revelaram que cerca de 40% dos adultos no Brasil estão com excesso de peso, e que 8,9% dos homens e 13,1% das mulheres são obesos. Nas mulheres, a ocorrência mais elevada de excesso de peso é encontrada nos estratos de menor renda2,9,12. Observando-se ainda estabilidade e tendência de declínio nos segmentos de elevada renda, com exceção da região Nordeste, na qual a obesidade continua emergindo. A maior concentração de mulheres com excesso de peso é observada nas áreas rurais de todo o país, situação diferente apenas no Nordeste, onde a maior concentração se dá nas áreas urbanas. Já nos homens, as maiores prevalências são observadas nas áreas urbanas das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos estratos de maior renda12.


A compreensão do comportamento da obesidade no Brasil mostra-se essencial para a definição de prioridades e estratégias de ações em saúde pública. Dessa forma, é necessário que sejam incorporadas ações direcionadas para a prevenção e controle desse agravo, assumindo destaque as medidas de educação em saúde e nutrição em âmbito nacional, assim como em todos os segmentos da sociedade. Neste sentido, a garantia dos principais mecanismos de prevenção/intervenção da obesidade deve ser assegurada a todos os indivíduos, incluindo a aquisição de uma dieta digna sob o ponto de vista qualitativo e quantitativo, a prática de atividade física de lazer orientada e a assistência multiprofissional para todos os indivíduos.


As palavras-chaves "obesidade", "transição nutricional", "epidemiologia", "etiologia", "diagnóstico", "genética", "hormônios", "fatores endócrinos", "mídia", "comportamento alimentar", "aspectos sociais", "renda", "cultura", "aspectos simbólicos", "aspectos psicológicos" foram utilizadas como descritores. As referências bibliográficas dos estudos assim localizados foram também rastreadas para localizar outros trabalhos pertinentes ao assunto abordado nesse artigo. O levantamento bibliográfico totalizou 123 referências, das quais 55 foram selecionadas. E incluíram 4 livros, 9 capítulos de livros, 35 artigos, 2 dissertações e 5 publicações de instituições (WHO, ABESO, MS, OPAS, IBGE). A seguir, serão enfocados os principais fatores relacionados à etiologia da obesidade de acordo com a literatura pesquisada dentro de uma abordagem plural. 2ff7e9595c


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